Más práticas na desparasitação dos animais podem contribuir para problemas de saúde

Incorreta desparasitação pode provocar problemas de saúde nos animais e nos seus donos

“Parasitas dos animais são um problema de saúde pública”, afirma o Presidente da APIFVET

A maior parte das pessoas considera que é em pleno verão que os parasitas atacam mais os seus animais. Contudo, é errado pensar dessa forma. A desparasitação interna e externa deve ser realizada durante todo o ano. O alerta é feito pelo presidente da APIFVET, Jorge Moreira da Silva, que afirma: “é preciso que as pessoas tenham noção que existem parasitas o ano todo e não é com o calor que existem mais, bem pelo contrário. Os parasitas gostam de climas temperados, com temperatura moderada e humidade.” Deve-se, assim, proteger os animais através de um plano de desparasitação estabelecido pelo médico-veterinário, adaptado a cada animal, e com especial atenção aos parasitas internos.

“A desparasitação interna deve ser feita três a quatro vezes por ano e assegurá-lo é de extrema importância, porque uma carga parasitária moderada ou excessiva pode levar a uma redução de uma série de nutrientes, o que gera problemas graves de saúde ao animal.” Extrema magreza, perda de apetite ou até a problemas cardíacos, são algumas das consequências apontadas pelo presidente da APIFVET. No caso dos parasitas externos, a desparasitação deve ter em conta a localização geográfica, devendo ser realizada no mínimo duas vezes por ano.

Além do uso de desparasitantes internos e externos, é importante garantir outros cuidados adicionais, como evitar andar ao ar livre com o animal em alturas de maior afluência de mosquitos ou locais com maior concentração de parasitas e ainda que o animal se aproxime das fezes de outros animais. É de reforçar que não existe uma solução única para desparasitar a totalidade dos parasitas internos e externos do animal. São medicamentos distintos com funcionalidades específicas para cada tipo de parasita.

Após a desparasitação é necessário ter em atenção a forma como o animal reage nas horas ou nos dias seguintes. Assim, deve verificar-se principalmente as fezes, pois pode haver uma expulsão de ténias e, nesses casos, é urgente consultar e avisar o médico-veterinário. Jorge Moreira da Silva deixa um último alerta: “os parasitas dos animais são um problema de saúde pública e, faz parte das boas práticas, que os donos façam uma ‘vistoria’ pelo menos uma vez por dia ao animal para verificar se o animal têm consigo parasitas externos”.